Porque devemos estudar História da Educaçao Física/Esportes nos cursos de Graduação?


Por que temos que estudar história em um curso de graduação em Educação Física?
Esse é o tema central do texto de Victor de Melo, que fala sobre um possível entendimento da desvalorização da história nos cursos de graduação em Educação Física.
Alguns questionamentos são levantados, na tentativa de se entender o porquê dessa possível desvalorização. Será que quem vai cursar Educação Física não se identifica com as disciplinas ligadas a Ciências Humanas, ou os vestibulares para ingressos em tais cursos privilegiam disciplinas como a Física, a Química e a Biologia? Com isso correríamos o risco de prejudicar a formação de um bom profissional.
Discussões sobre o assunto central deste texto é de grande importância para a busca de iniciativas ligadas ao redimensionamento do ensino na disciplina em questão.
Antes mesmo da efetivação do primeiro curso, já se pensava em uma disciplina específica para discutir os aspectos históricos da Educação Física e dos Esportes.
Desde a criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, em 1939 foi dedicada uma cadeira ao estudo da história. Com a aprovação do regimento interno em 1941 ficava referendada uma distinção clara entre cadeiras teóricas, onde se situava a cadeira de historia, e cadeiras práticas. Os professores das cadeiras teóricas deviam atender a algumas exigências dispensadas para os das cadeiras práticas, como ter nível superior e algumas só poderiam ser ocupadas por médicos. A cadeira de Historia e Organização da Educação Física ocupava um lugar intermediário, mas com prestigio.
Não que a prática não seja importante, mas a graduação deve preparar para a atuação profissional não através de formulas ou modelos fechados.
Segundo os pesquisadores há uma diferença entre a Historia da Educação Física e do esporte; a História da Educação Física está ligada a necessidade de entender a Educação Física e/ou justificar algumas sugestões de modificações. Já no que se referem à História dos Esportes, os estudos são feitos fora dos circuitos acadêmicos tradicionais e por antigos praticantes e/ou apaixonados pelos determinados esportes.
A respeito da relativa diversidade, o esperado é que as disciplina e discussões, continuem dedicadas tanto à história da Educação Física, quanto à história do esporte, para que se possam entender melhor as relações que se estabelecem entre os objetos.
Os pesquisadores da História da Educação Física/Esportes precisam continuar procurando, uma especificidade para sua atuação, uma definição de seu espaço, uma competência que venha a abolir a compreensão de que todo amontoado de datas e fatos, colocados em qualquer momento, pode ser chamado de estudo histórico. É preciso, em fim ocupar um lugar no âmbito dos estudos históricos. Assim estes terão uma possibilidade maior de contribuir efetivamente com a Educação Física brasileira.
Érica Fraga Eloy

Um comentário:

História Educação Física: Cruz das Almas e Região disse...

Prezada Erica,

Você, assim como outros colegas, apresentam sinais significativos de uma boa escrita. Sua narrativa é cadenciada, além de conseguir articular importantes pontos do texto. Gostaria de destacar que a forma como você inicia seu resumo está perfeita. Lança a problemática, chamando a atenção do leitor, para depois introduzir o resumo propriamente, anunciando o texto e sua autoria. Entretanto, você começa a descaracterizar o resumo quando começa a descrever detalhes do texto que caberiam melhor em um exercício de síntese ou resenha. Atitude que acaba desviando sua atenção de outros pontos importantes do texto, que acabam não sendo citados. Perceba que, por exemplo, a parte que o autor recorre à história da Escola Nacional de Educação Física e Desportos é importante para ser citada no resumo. Mas, digo bem, citada. Você acaba desenvolvendo detalhes do assunto. Lembre-se, o resumo geralmente acompanha um texto, logo o resumo serve como uma apresentação no sentido de chamar a atenção ou “seduzir” o leitor para que vá à fonte original e integral. Quando você especifica detalhes, o leitor não sente mais necessidade de ir ao texto original. Contudo, esse tipo de atitude de forma alguma é perdida, mas ela deverá ser direcionada à textos como resenhas, monografias, dissertações e teses. Habilidade que, como disse anteriormente, você apresenta desenvoltura. Sendo assim, sugiro que você reduza em duas linhas essa parte do seu resumo e continue com o parágrafo final. Sendo que, retome o texto para expor em seu resumo, qual é a possibilidade que o autor oferece no sentido de a História da EF contribuir efetivamente com a prática profissional. Para isso, indico o resumo de Ricardo Sacramento e meus comentários ali anexados. O link é: http://ricardo-sacramento.blogspot.com
Para visualizar e intervir no blog da disciplina clique no título desse comentário.

Cordialmente,
Prof. Renato Izidoro.